O livro O impacto da Inteligência Artificial na humanidade de Luiz Cláudio Costa (foto) explora ética, desigualdade e educação, refletindo como a IA transforma o futuro da sociedade
Refletir sobre os impactos da Inteligência Artificial, com conexão do passado a desafios do futuro junto ao protagonismo de grandes pensadores da história. Esse é o caminho do livro “O impacto da Inteligência Artificial na humanidade”, lançado pela Editora Appris, do professor e educador Luiz Cláudio Costa (foto), que mistura ensaio, ficção e filosofia. Para mostrar como a tecnologia pode ampliar horizontes e, ao mesmo tempo, trazer dilemas éticos e aprofundar desigualdades, o autor conta a jornada do personagem João, um jovem do interior da Amazônia e sua trajetória de incertezas e encantos com a IA.
Evento
O lançamento será no dia 15 de setembro, às 19h, na Livraria da Travessa Brasília (SGCV SUL Lote 22 – 4A Casa Park Shopping, St. Park Sul).
Com larga experiência no assunto, o professor Luiz Cláudio é fundador do primeiro curso de graduação em Inteligência Artificial do Brasil no Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), em 2018, com a visão que era necessário, e isso muito antes do lançamento do ChatGPT formar profissionais preparados para a área.
Ele diz que a colocação do país como o terceiro do mundo que mais utiliza inteligência artificial, atrás apenas de Estados Unidos e Índia, mostra o potencial criativo do brasileiro, mas também evidencia uma grande desigualdade de acesso. No livro, o autor traz essa e outras questões nos campos da educação, saúde, ética, economia, emprego, inovação e poder através da história de João, que dialoga com a IA e grandes pensadores da história – de Sócrates a Einstein, de Gandhi a George Orwell.
“A tecnologia pode ser ponte ou abismo. Se for usada sem cuidado, a IA reforça preconceitos, concentra poder e exclui os mais vulneráveis. Minha sugestão no livro é clara. Precisamos investir em infraestrutura digital, capacitação de professores, políticas públicas inclusivas, requalificação de profissionais e parcerias que democratizem o uso da IA. O livro traz uma frase que leva a muitas reflexões: a questão não é se a IA vai mudar o mundo, mas se estaremos preparados para moldar essa mudança”, diz Luiz Cláudio, ex-reitor da Universidade Federal de Viçosa (MG), onde atuou por mais de 30 anos também como pesquisador e gestor, além de ter atuado no Ministério da Educação como Secretário de Educação Superior, Presidente do Inep, Secretário Executivo e Ministro Interino.
O livro também discute o modelo atual de educação, moldado para atender as necessidades da Revolução Industrial, como explica o autor. “Mostramos que a IA pode devolver à educação o ensino personalizado. Sócrates foi tutor de Platão, Platão de Aristóteles, e assim sucessivamente. Essa relação próxima sempre trouxe os melhores resultados, mas era impossível de escalar. Com a IA, podemos ter ‘tutores digitais’, auxiliando o professor, sem jamais substituí-los, que acompanham cada aluno no seu ritmo e de acordo com suas necessidades. Se usada com responsabilidade, com a participação dos professores, da escola, da comunidade, essa tecnologia pode democratizar o acesso ao aprendizado de qualidade e reduzir desigualdades”, diz Luiz Cláudio.
Sobre questões éticas e de regulação do uso da Inteligência Artificial, o professor lembra que a IA deve servir à humanidade, e não controlar. Para isso, é preciso princípios sólidos: justiça, transparência, privacidade e responsabilidade social. “Sou favorável à regulação da IA no Brasil e no mundo. A Europa avançou bastante nesse campo. Vejo com bons olhos o projeto em tramitação no Congresso, que ainda pode ser aprimorado, mas é um passo importante para garantir que a tecnologia avance dentro de valores éticos e democráticos”, conclui.

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Sobre o autor:
Luiz Cláudio Costa (foto) é professor aposentado e ex-reitor da Universidade Federal de Viçosa, onde atuou por mais de 30 anos como professor, pesquisador e gestor. No Ministério da Educação foi secretário de Educação Superior, presidente do Inep, secretário executivo e ministro interino.
Também atuou como vice-presidente do Conselho do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Presidente do Observatory On Academic Ranking and Excellence (IREG). Atualmente é membro do Conselho Internacional do Times Higher Education, do Conselho Internacional da King Abdulaziz University, da Comissão de assuntos estratégicos do BNDES e reitor do Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB).