âA vida afinalâ explora conversas difĂceis sobre o fim da vida, abordando expectativas irreais e o poder transformador de viver o presente, mesmo diante da mortalidade
A editora Paraquedas, selo da Claraboia, lança, em BrasĂlia, o livro “A vida afinal – Conversas difĂceis demais para se ter em voz alta” (158 pĂĄg.), da colunista do blog Morte Sem Tabu, da Folha de SĂŁo Paulo, Cynthia AraĂșjo. Na obra, Cynthia analisa as expectativas irreais de pacientes com cĂąncer avançado. Ela reflete sobre como pensar na ilusĂŁo de uma vida longa e no projeto para futuros distantes pode desviar a atenção do viver o presente da melhor forma possĂvel, tambĂ©m a partir de uma doença grave da sua mĂŁe.
A escritora e defensora pĂșblica Mariana SalomĂŁo Carrara, finalista do PrĂȘmio Jabuti, assina o texto de apresentação do livro, que conta tambĂ©m com a quarta capa assinada pela roteirista e jornalista Camila Appel. O livro tambĂ©m tem prefĂĄcio de Sarah Ananda, mĂ©dica paliativista e fundadora da equipe de cuidados paliativos do Hospital FelĂcio Rocho, em Belo Horizonte (MG), e blurb do oncologista e paliativista Munir Murad Jr e da escritora e da jornalista JĂ©ssica Moreira.
Embora a obra faça uma leitura realista e, muitas vezes, dura sobre a proximidade da morte, especialmente diante de doenças graves, também apresenta, em sua escrita envolvente, uma visão leve e acolhedora sobre como pensar que morrer pode redimensionar a ideia de viver.
âPrecisamos falar em morrer como a possibilidade real que Ă©. Ă muito comum que, diante de doenças graves, conversas delicadas e difĂceis sobre a proximidade da morte sejam permanentemente adiadas, atĂ© que seja tarde demais para fazerem diferença sobre a vida afinal”, afirma a autora, que tambĂ©m narra, na obra, um pouco da sua trajetĂłria como membro da Advocacia-Geral da UniĂŁo que se especializou em açÔes judiciais de saĂșde, e como pesquisa e vida real se misturaram, ao contar a histĂłria da doença grave da sua mĂŁe.
Nascida em PetrĂłpolis (RJ), em 1984, Cynthia AraĂșjo mora em Belo Horizonte desde 1997 com seu marido Daniel e sua filha, Beatriz, que acabou de fazer dois anos. Formada em direito pela UFMG, ela se tornou membro da Advocacia-Geral da UniĂŁo dois anos depois de se formar.
Mestre e doutora pela PUC-Minas, sua tese, âExiste direito Ă esperança? SaĂșde no contexto do cĂąncer e fim de vidaâ, foi indicada pelo programa de pĂłs-graduação da PUC-Minas ao prĂȘmio Capes de Teses 2020. Em 2021, foi convidada para expor sua pesquisa no 9Âș SimpĂłsio Internacional OncoclĂnicas e Dana Farber Cancer Institute.

Confira um trecho do livro “A vida afinal – Conversas difĂceis demais para se ter em voz alta” :
“Minha pesquisa investigou o papel da esperança em casos de doenças graves e refletiu sobre como a ilusĂŁo de sobreviver e projetar um futuro pode desviar a atenção do viver o presente da melhor forma possĂvel. Queremos acreditar que a Medicina sempre tem uma cura. Mas ela nĂŁo tem â e dificilmente terĂĄ um dia â solução para tudo. Embora existam muitas tecnologias que sĂŁo determinantes para a manutenção e a recuperação da saĂșde, nĂłs continuamos adoecendo. E morrendo.”
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